Parque da Ciência lança ação educativa mensal sobre extração de veneno de serpentes

A partir de fevereiro de 2025, toda última quarta-feira do mês vai ser dia da atividade Extração de Veneno no Parque da Ciência. Organizada pelo Museu Biológico, em parceria com o Centro de Memória do Butantan, a ação tem como objetivo explicar e desmistificar o método de extração de veneno de serpentes e suas aplicações com foco em pesquisa, conservação e saúde única, um conceito que evidencia que a saúde humana está ligada à saúde do meio ambiente e dos animais. 

A ação prática Extração de Veneno populariza a ciência e contribui para a universalização do entendimento sobre os produtos gerados a partir do veneno das serpentes, do conhecimento sobre o animal e dos processos de pesquisa associados à biodiversidade. Além de observar o trabalho de extração de veneno, os participantes podem interagir fazendo perguntas sobre o procedimento.

A atividade é conduzida por uma equipe de biólogos especializados no manejo de cobras peçonhentas e em extração de veneno. Todos os procedimentos são feitos com base nos protocolos de segurança e bem-estar animal, que são recomendados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) do Instituto Butantan. 

 

 

A cada mês são disponibilizadas 100 vagas ao público de todas as idades. Para participar, é recomendável o uso de protetor solar e repelente, já que a atividade acontece em um ambiente aberto, cercado pela mata do Horto Oswaldo Cruz. 

Os venenos extraídos das serpentes são a matéria-prima do soro antiofídico, considerado até hoje o único tratamento eficaz para o acidente causado por animais peçonhentos. O Instituto Butantan é a única organização apta a fornecer esses antivenenos ao Ministério da Saúde, que os disponibiliza gratuitamente à população brasileira. Além de serem vitais para o tratamento de acidentes, os venenos coletados são importantes para a produção de outros medicamentos e para o avanço de terapias inovadoras.

A atividade tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Contexto histórico 

O médico sanitarista e pesquisador Vital Brazil foi pioneiro nos estudos de venenos de serpentes peçonhentas para buscar um tratamento eficaz para os acidentes causados pelas picadas. Naquela época, início do século XX, ele já utilizava ferramentas que hoje constituem práticas de “ciência cidadã”. A principal delas era o sistema de permuta de serpentes: seu objetivo era trocar os répteis capturados em áreas rurais por soros, agulhas e seringas para o tratamento de acidentes ofídicos. Vale lembrar que há muitos anos o Butantan não promove mais essa permuta, e nem disponibiliza soros a pessoas físicas.

 

Extração de Veneno

Data: Toda última quarta-feira do mês, exceto feriados
Horário: 14h30
Vagas: 100
Local: Teatro de Arena, dentro do Horto Oswaldo Cruz
Inscrições: recepção do Museu Biológico, a partir das 13h30
Endereço: Av. Vital Brasil, 1.500